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terça-feira, 12 de junho de 2012

Soneto de Fidelidade


De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Q
uero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E
assim quando mais tarde me procure
         Quem sabe a morte, angústia de quem vive
  Quem sabe a solidão, fim de quem ama

             
Eu possa me dizer do amor (que tive):
          Que não seja imortal, posto que é chama
                Mas que seja infinito enquanto dure
                                                                                 
        
  Vinicius de Moraes


      Feliz dia dos namorados 


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